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A realidade da vida moderna afetou os nossos hábitos e por consequência a nossa alimentação. Estamos acostumados com praticidade, agilidade e quando trazemos estes hábitos para a nossa alimentação, temos a tendência de preferir alimentos industrializados, aqueles que podemos estocar e que quando abrimos já estão prontos para o consumo.
Em contrapartida, tendemos a ter um consumo insuficiente de frutas, verduras, legumes e até mesmo de água. Pesquisas recentes da Organização Mundial de Saúde, comprovam que mudança no hábito alimentar da população mundial, tem promovido o aumento da obesidade e de doenças crônicas.
Daí a importância de entendermos como a alimentação pode afetar o nosso organismo, promovendo saúde ou doença.


Para falar sobre este tema e nos explicar a importância da alimentação na promoção da saúde, convidei para um bate papo, a doutora Heloisa Teves Scattini - Nutricionista Clínica Funcional, Fitoterapeuta e Coach de Saúde e Bem-Estar. Confira!




VA: Qual o efeito e importância do alimento na manutenção da saúde?

HS: Nosso organismo é formado por trilhões de células, e cada célula necessita, diariamente de pelo menos 44 nutrientes diferentes para se renovar, tais como vitaminas A,B,C,D,E,K… e minerais como zinco selênio e magnésio, entre outros.

A renovação celular garante diversos processos vitais do nosso organismo, tais como respiração, funcionamento dos órgãos, crescimento de pele, cabelo, unhas, reparação de memória e imunidade, entre outros.

Uma alimentação pobre em nutrientes tenderá a comprometer a renovação celular e portanto a qualidade destes processos do nosso organismo, de modo que, a longo prazo esta deficiência pode resultar em problemas de saúde.

E o oposto, também é verdadeiro, uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, tende a contribuir com a renovação celular e o funcionamento adequado do nosso organismo, favorecendo a saúde e o bem-estar.


VA: Alimentos podem causar doenças? Quais são os alimentos mais prejudiciais para o corpo?

HS: Não podemos afirmar que um alimento isoladamente possa provocar doenças, mas sim, um contexto alimentar não saudável, baseado em alimentos que são incompatíveis com a constituição do nosso organismo ou ricos em calorias e pobres em nutrientes.

De modo geral, os alimentos industrializados e processados, tendem a provocar doenças, em virtude do excesso de aditivos químicos e baixo teor nutricional, ou seja, são alimentos ricos em calorias (gorduras e açúcares) e pobres em vitaminas, minerais e água.

Um organismo com carência de nutrientes, tende a ficar mais vulnerável a doenças, sejam as mais simples como uma gripe, por exemplo, ou até mesmo as mais crônicas como o câncer.

Além disto, os aditivos químicos tendem a desequilibrar o PH sanguíneo e o excesso de gorduras e açucares, conduzem a um processo inflamatório do corpo que pode dar origem a uma série de doenças  seja a curto ou longo prazo.

Uma alimentação saudável tem a função de fornecer os nutrientes necessários para um bom funcionamento do organismo, promovendo equilíbrio para a manutenção da boa saúde. 


VA: A alimentação pode afetar a nossa saúde emocional? Como?

HS: Sim, pode. Como já dito anteriormente, nosso corpo é formado por células dependentes de nutrientes e o mesmo ocorre com os neurotransmissores responsáveis pelo humor, como  a serotonina por exemplo, que é responsável pela sensação de prazer e bem estar.

Portanto, quando temos falta de nutrientes no organismo, isto pode afetar o nosso humor, uma vez que afeta o funcionamento saudável dos neurotransmissores.

Estudos mostram que pessoas com maus hábitos alimentares, que se alimentam de comida industrializada e processada, são mais ansiosas e depressivas por falta de vitaminas e minerais no organismo. E o contrário também é verdadeiro, quem come mais frutas, verduras e legumes pode ser mais feliz.

Logo, a nutrição adequada, pode não apenas contribuir com a manutenção e recuperação da saúde física, mas, também da saúde emocional.


VA: Existe um movimento, o Body Positive, que tem afirmado que obesidade não é doença, mas sim, uma questão de escolha de estilo de vida e aparência. Do ponto de vista médico e nutricional, isto é verdade ou não? É possível que um corpo gordo esteja saudável?

HS: Segundo a classificação internacional de doenças, a obesidade é sim uma doença registrada pelo CID E66. Isto porque, o excesso de peso aumenta o risco de doenças crônicas e articulares. 

A gordura corporal, quando em excesso, também tende a indicar um aumento na inflamação do organismo, portanto, mesmo que um corpo com excesso de peso não apresente alterações nos exames bioquímicos, ainda assim, terá a sua saúde comprometida pela dificuldade de mobilidade e predisposição a doenças crônicas. 

Pessoas obesas devam procurar a ajuda de profissionais de saúde para tratar a doença por meio de alimentação balanceada, atividades físicas, suporte psicológico e medicamento, se necessário.


VA:  Pessoas magras também precisam de nutricionista? Porque?

HS: Estar com um índice de massa corporal dentro do adequando não é sinônimo de baixo percentual de gordura (pode ser um falso magro), nem tampouco de saudabilidade em relação aos exames bioquímicos, sintomas de deficiências nutricionais ou intolerância alimentar. 

Portanto, pessoas magras também devem consultar periodicamente um nutricionista para verificar como esta o seu equilíbrio nutricional e revisar o seu plano alimentar sempre que preciso.


VA: Quais são os diferentes tipos de especialistas do ramo da nutrição e qual a diferença entre eles? 

HS: Na nutrição clínica existem algumas linhas com abordagens diferentes, mas todas com o mesmo objetivo, promover a saúde e o bem-estar do paciente.

Existe a nutrição tradicional, a funcional, a comportamental que trata distúrbios alimentares e a nutrição esportiva, além das especialidades dentro da nutrição como pediatria, renal, fertilidade, geriatria que atendem públicos ainda mais específicos. 

A nutrição funcional, que é a metodologia que eu utilizo, é baseada na individualidade bioquímica e nos efeitos dos alimentos no organismo de cada um, sendo mais abrangente do que apenas estabelecer planejamentos alimentares baseados em contagem de calorias, mas antes, em nutrientes necessários para a manutenção da saúde do indivíduo, podem inclusive ser estrutura de forma específica com planejamento alimentar e suplementação para auxiliar na recuperação de doenças físicas e emocionais.

Existe também o nutrólogo que não é nutricionista. É um médico com especialização em nutrição, e que portanto, pode prescrever medicamentos e suplementos em doses maiores para tratamentos específicos de saúde. Porém, vale reforçar, que o nutricionista é o único profissional habilitado para prescrição de dieta individualizada. 


Para quem deseja conhecer mais sobre o trabalho da doutora Heloisa Teves Scattini, pode acompanhá-la nas redes sociais ou entrar em contato pelos canais abaixo:

Instagram: @heloisa_nutri

E-mail: heloisa_scattini@yahoo.com.br 

WhatsApp: (11) 9 8338 6309


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