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Toda a existência é composta por ciclos, existe um fluxo natural que rege a lei da vida, quando entendemos e respeitamos estes ciclos entramos em harmonia com a lei do Universo e seguimos em evolução, no entanto, quando desconhecemos ou desrespeitamos estes ciclos, bloqueamos o fluxo natural da vida e tendemos a experimentar estagnação, doença e fracasso.

O desenvolvimento humano também é composto por ciclos que nos conduzem da infância a vida adulta, quando deixamos a nossa família de origem para construir uma nova família. No entanto, muitos de nós tiveram fases interrompidas neste grande ciclo da vida, o que nos mantém presos a nossa família de origem, limitando a nossa caminhada rumo a construção de um futuro positivo.

Família de Origem

No período da infância o ser humano é dependente de seus país - família de origem, precisa de cuidados, alimento, proteção e orientação, de modo que o vinculo com a família de origem é intenso e fundamental para a sua existência.

A medida em que o individuo caminha da infância para a adolescência e posterior vida adulta, ocorre um processo gradativo e natural  de distanciamento dos país, em decorrência do ganho de autonomia.

A criança que só saia com os país, agora tem seus próprios amigos e escolhe lugares para estar com eles.  Antes, a criança vestia as roupas que os país compravam, agora tem seu próprio estilo e escolhe as roupas que gosta. Até que este processo de construção da identidade e autonomia, culmina na construção de uma nova vida, uma fase em que o futuro do individuo começa a ser construído e ele inicia a conquista de sua independência financeira, relacionamento afetivo e sexualidade, que resultará na construção de uma nova família.

Fonte: Material Didático da Formação em Analista Corporal - O Corpo Explica

Este é o ciclo natural do desenvolvimento humano,  em que caminhamos da dependência para a independência de forma cada vez mais consistente. Portanto, quando existe na vida adulta dependência financeira ou afetiva dos país, podemos considerar que este indivíduo não atingiu a maturidade, uma vez que não rompeu o vinculo com os país, tornando-se capaz de construir o seu futuro de forma autônoma.

A dependência da família de origem, tenderá a comprometer o sucesso profissional, os relacionamentos afetivos e a construção de uma família saudável.

Pais muito controladores ou super protetores, tendem a estimular a dependência emocional, gerando filhos inseguros, dependentes e que tem dificuldade de construir o seu futuro de forma autônoma.

Filhos que sentiram abandono, ou ausência dos país, também tenderão a buscar preencher as lacunas de afeto que experimentaram na infância, ao longo de sua vida adulta, prendendo-se a processos de autossabotagem, em que de forma inconsciente sempre retornam a casa dos país ou  a situações que os mantém próximos aos seus país de algum modo, comprometendo seu sucesso financeiro e o sucesso de seus relacionamentos.

O oposto também é verdadeiro, país que vivem um relacionamento afetivo desestruturado e que estão desconectados de seu propósito de vida, tendem a viver em função dos filhos, envolvendo-se excessivamente na vida deles, e criando uma relação de dependência em que os filhos se sentem culpados em construir sua própria vida e seguir em frente. Nestes casos, os filhos tendem a se manter próximos aos seus país e presos a suas famílias de origem, pois se sentem responsáveis  por cuidar de seus pais e apoia-los, vivendo em um emaranhamento familiar, por acreditar, que sem eles, os país não serão capazes de sobreviver.

Daí a importância de revisitarmos o nosso histórico familiar e compreendermos em que momento este ciclo de crescimento e independência foi interrompido, em que fase de nossas vidas sentimos falta de afeto, de cuidado, de atenção ou mesmo experimentamos excesso de controle, proteção ou culpa e ressignificar tudo isto, afim de seguirmos em frente, construindo nossa individualidade.

Família Atual

As leis da vida que regem o crescimento do individuo, também regem a hierarquia familiar. De modo que, em uma família saudável o papel do masculino e do feminino é entendido e respeitado, bem como a posição de pai/mãe e de filho.

Se examinarmos a antropologia, identificaremos no masculino a figura do provedor, daquele que sai para caçar, para buscar alimento e que luta em defesa de sua família.

Já no feminino, identificaremos a figura da protetora, daquela que amamenta, oferece colo e cuidado para os filhos, que acalenta com sua voz afável e consola.

Embora em um diferente contexto social, ainda carregamos em nossa constituição de modo instintivo esta predisposição e a medida em que a compreendemos e respeitamos está realidade, tendemos a construir relações familiares mais equilibradas e saudáveis.

O papel do masculino

O masculino tem papel de suprir, de prover o sustento e a segurança da família.

Em uma família saudável, portanto, o homem é quem vai em busca do dinheiro e da prosperidade financeira da família.

O papel do feminino

O feminino tem a função de ninho, de cuidar, amamentar, dar colo e carinho para a família.

Em uma família saudável, portanto, a mulher é quem fica no lar e garante o cuidado e o afeto.

Famílias Disfuncionais

As distorções que vivenciamos do papel do masculino e do feminino em nossa sociedade, nos doou uma visão deturpada da estrutura familiar, nos conduzindo a construção de famílias disfuncionais em que negamos a nossa função natural e assumimos papéis que não nos pertencem e que por assim ser nos sobrecarregam.

Como mecanismo de defesa, adotamos bandeiras e defendemos causas que parecem ser a solução dos problemas sociais, mascarando a nossa dor, quando na verdade, a verdadeira origem de nossas dores estão na disfunção familiar que experimentamos.

Você só se vincula a causas, quando você tem uma dor que não foi cuidada e essas causas te distraem da sua própria vida. _ Tábita Camacho

Quando o masculino que deveria prover e proteger, é abusivo e violento ou mesmo omisso e fragilizado, a mulher que deveria ser protegida e portanto, se entregar ao relacionamento para oferecer cuidado e afeto, torna-se masculinizada - mulher guerreira, que manda na casa e tem o controle de tudo. Este é um fardo pesado demais para o feminino, é antinatural e as sequelas virão para a saúde física e emocional desta mulher.

Quando a figura do feminino que deveria ser de cuidado e acolhimento, é masculinizada, falta colo, falta afeto, e os filhos tendem a ter problemas de autoestima e de relacionamento.

Os filhos que assistem estas inversões de papéis, tendem a ter dificuldade em se posicionar adequadamente na vida e tendem a buscar parceiros que mantem seus padrões familiares, perpetuam o ciclo disfuncional familiar. E muitas vezes, mantemos estes modelos disfuncionais, em fidelidade aos nossos pais, temos medo de romper o padrão estabelecido por eles e sermos rejeitados.

São mães e pais que tiveram experiências negativas com o masculinos por exemplo, e incutiram em seus filhos o rancor contra o sexo oposto, ou que ao contrário exigiram de seus filhos adotarem este papel da figura protetora e provedora de que eles precisavam, levando seus filhos a inversões de papéis. Ou mesmo, filhos, que assistiram comportamentos disfuncionais em seus pais e tendem a generalizar a sua percepção sobre homem ou sobre mulher com base nesta experiência, adotando mecanismos de defesa que os levam incorporar causas e entrar em uma espécie de guerra dos sexos.

Mas, a verdade é que, quando cada um assume o papel que lhe é devido de forma funcional, as famílias são estruturadas de forma saudável e esta imposição de papéis ou luta por importância e reconhecimento se tornam menos importantes ou mesmo desnecessárias. 


Tenha uma boa vida!

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