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Eu só quero chocolate. Só quero chocolate! _  Sebastião Roberto Maia

Segundo o psicólogo Jeffrey E. Young, criador da Terapia dos Esquemas, crianças que cresceram em famílias excessivamente permissivas e excessivamente benevolentes (clementes, generosos, humanos, misericordiosos, piedosos e tolerantes), com tendência a julgar favoravelmente. Podem desenvolver na vida adulta dificuldade em ter disciplina em sua vida pessoal ou profissional.

O contrário também é verdadeiro, crianças criadas em ambientes excessivamente rudes com inflexibilidade e punição, também podem ter seus limites prejudicados e portanto sua disciplina afetada.

Limites Prejudicados

No primeiro caso, a falta de definição e cobrança de limites de comportamento, leva o adulto a não desenvolver limites internos adequados em relação à reciprocidade e autodisciplina, de maneira que podem ter dificuldade em respeitar os direitos de terceiros, cooperar com o grupo, manter compromissos e cumprir objetivos de longo prazo. Neste caso, a tendência é que o comportamento adotado seja egoísta, mimado, irresponsável e narcisista.

Já no caso oposto, em que o contexto familiar na infância era de excesso de normas, regras e cobranças, o adulto pode apresentar uma fuga deste contexto, buscando gratificações constantes e assim fugindo dos deveres e buscando tendenciosamente descanso, lazer e diversão.

Seja como for, em ambos os casos a busca por gratificação, o famoso "só quero chocolate" da canção e a fuga das normas "é proibido fumar" tendem a representar indivíduos que apresentam limites prejudicados. Em seu intimo, pode até existir uma crença consciente ou não, de não haver obrigação de se submeter as mesmas regras que os demais por ser de alguma forma especial.

Young apresenta estes dois conceitos dentro de dois vilões da mente, conforme veremos nos tópicos a seguir:

  • Autocontrole e Autodisciplina Insuficientes: Ênfase exagerada na evitação do desconforto. Evitam, por exemplo, a maior parte dos conflitos e responsabilidades.
    Não querem, ou não conseguem exercer suficiente autocontrole e tolerância a frustração em relação ao alcance de seus objetivos pessoais. Podendo gerar procrastinação, compulsão por comida, bebida ou drogas. Caracterizado por uma ênfase excessiva por gratificação e fuga da dor;
  • Arrogo / Grandiosidade: Pode ser uma forma de hiper compensação de privação emocional sofrida na infância. Ou, quando crianças, não lhes foi exigido que seguissem regras aplicadas a todas as pessoas, que considerassem os demais ou que desenvolvessem autocontrole. Como adultos, carecem da capacidade de restringir seus impulsos e de postegar a gratificação em função de benefícios futuros. Deste modo, estas pessoas pressupõe que são superiores aos demais e, portanto, merecedoras de direitos e privilégios especiais.
    Não se submetem as regras de reciprocidade que orientam a conduta social.
    Insistem que devem fazer o que bem entender, independente do custo para os outros.
    Podendo apresentar foco exagerado na "superioridade", desejando estar entre os mais bem sucedidos famosos e ricos.
    Para adquirir poder costumam ser "exigentes" ou "dominadores" e carecer de empatia.

Sua pergunta agora deve ser, como superar este comportamento, parar de procrastinar e ter mais disciplina em alcançar os seus objetivos?

O primeiro passo é tornar-se consciente destes comportamentos como algo que precisa ser ajustado, e compreender sua origem e as crenças que influenciam sua permanência, que foi um pouco do que você acabou de fazer ao ler este artigo.

O próximo passo, é compreender que esta busca excessiva por gratificação (o famoso eu mereço, eu mereço chocolate, mereço comprar tal coisa, mereço fazer o que quero, mereço descansar), tende a te afastar do alcance de seus objetivos e no final da jornada sua sensação tende a ser de frustração e fracasso... portanto, é importante que você planeje seus momentos de lazer, de guloseimas e de descanso e tendo consciência da necessidade de ter disciplina crie uma agenda e se esforce para cumpri-la mesmo não querendo, mesmo não sendo tão prazeroso.

Nosso organismo é adaptável e pela repetição dos comportamentos que você deseja adotar, gradativamente ele tornará isto um hábito automatizado e mais fácil de executar.

Defina o que quer fazer, e faça mesmo não desejando até que este novo comportamento se torne um hábito. Este é o caminho! ;)

Para encerrar o nosso papo e esta série de mensagens sobre os vilões da mente, compartilho o link da canção com a qual abrimos este papo que expressa muito bem esta busca por prazer e fuga de regras e obrigações...

Em amor,

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