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O que é?

Os vasos sanguíneos da região anal, estão sujeitos a pressão interna, em especial durante os movimento intestinal, quando as veias da região se dilatam e se retraem, retornando ao tamanho original posteriormente. Em casos, em que ocorrem esforço para evacuar, seja por intestino preso ou por fezes endurecida, o processo de drenagem do sangue das veias da região pode ser comprometido, provocando a formação de hemorroidas, que consistem em veias entumecidas (inchadas/dilatadas) na região do reto e do ânus. Outros fatores de saúde, hábitos alimentares e questões ergonômicas, também podem provocar esta doença, como veremos a seguir.

Causas

  • Gravidez: Neste período, durante o seu processo de crescimento, o feto exerce pressão sobre a estrutura da pelve, afetando as veias da parte inferior do abdômen e afetando a circulação da região;
  • Obesidade: O excesso de peso também aumenta a pressão nas veias abdominais;
  • Sedentarismo: Além disto, o sedentarismo, diminui o estímulo a digestão dos alimentos e a irrigação sanguínea do anus;
  • Ergonomia: Pessoas que ficam muito tempo sentadas em cadeiras, ou em bancos de bicicleta, por exemplo, pressionam as veias da região anal, afetando a circulação sanguínea na região;
  • Fatores genéticos: O histórico de hemorroidas na família, pode gerar uma predisposição genética para o desenvolvimento da doença;
  • Alimentação pobre em fibras: As fibras são essenciais para o funcionamento adequado do intestino, dietas pobres em fibras, tendem a causar fezes endurecidas, prisão intestinal e consequente esforço ao evacuar, que pode conduzir ao desenvolvimento da hemorroida;
  • Tosses e espirros violentos: causados por resfriados intensos ou outros quadros clinícos;
  • Sexo anal: O sexo anal pode provocar fissuras na região anal que é bastante vascularizada e apesar de não ser considerado uma causa primária de hemorroidas, pode contribuir com a sua evolução.

Sintomas

Esta é uma doença bastante comum, estima-se que 50% dos adultos acima de 50 anos tenham algum quadro clínico relacionado a hemorroida. A doença tende a evoluir em 4 níveis diferentes:

  • Nível 1: As veias dilatadas ainda estão totalmente na parte interna do ânus, provocando dor e coceira;
  • Nível 2: As veias dilatadas aparecem externamente na hora em que o individuo defeca, depois, voltam para dentro da região naturalmente;
  • Nível 3: As veias dilatadas, que se apresentam em forma de pequenas bolsas, não retornam mais para dentro do ânus, sendo necessário empurrar com as mãos, após defecar;
  • Nível 4: As veias dilatas ficam permanentemente expostas, provocando vazamento de sangue, de secreções e um incomodo mais assentuado.


Entre os principais sintomas típicos da hemorroida estão:

  • Coceira na região anual: provocada pelo inchaço das veias que aumenta a pressão sobre as terminações nervosas;
  • Sangramento: como resultado do rompimento das veias anais, podem aparecer sinais de sangue na urina, nas fezes, na roupa íntima ou no papel higiênico;
  • Dor: latejante ou ardor durante e após a evacuação. A dor tenderá a ser mais intensa, quando a hemorroida estiver inflamada ou quando houverem outras complicações, como trombose na região, por exemplo;
  • Saliência: palpável na região do ânus;
  • Prurido: causado por umidade no canal anal, permanência de pequenas quantidades de fezes residuais na área anal e outros fatores de irritação na região;
  • Sensação de peso no canal anal: sensação de peso na região do ânus e de que o reto não foi totalmente esvaziado, como se houvesse uma massa no canal anal.
Se houver sangramento anal intenso, acompanhado ou não de fezes, com duração superior a uma semana ou saliência endurecida na região do ânus, é importante procurar auxilio médico com urgência para que a doença não se agrave gerando maiores complicações.

Diagnóstico

Como em toda doença, os sintomas são os principais indicativos para diagnóstico do quadro clínico, no entanto, para confirmação, o médico proctologista poderá realizar alguns exames clínicos para analisar minunciosamente a região do reto e do cólon. 
Entre os principais exames que costumam ser realizados estão:

  • Exame de sangue oculto nas fezes: que avalia a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem não ser visíveis a olho nu. Ajuda a detectar a presença de sangramento no intestino grosso, que podem indicar úlceras, colite ou até mesmo câncer;
  • Anuscopia: um exame feito para verificar as causas de alterações na região anal, como hemorroidas internas, fístulas perianais, incontinências fecal e lesões por HPV, sendo indicado quando existem sintomas como coceira, inchaço, sangramento e dor no ânus. O exame é feito por meio de toque retal, em seguida ocorre a aplicação de lubrificante à base de água em um aparelho chamado anuscópio, que tem uma câmera e uma lâmpada para analisar a mucosa do ânus.
    O aparelho é introduzido no canal retal e o médico análisa as imagens em uma tela de computador, podendo ou não coletar amostras de tecido para biópsia;
  • Sigmoidoscopia: exame realizado para avaliar a parte inferior do intestino grosso (cólon). Neste procedimento, um tubo fino e flexível (sifmoidoscópio) com uma câmera de vídeo pequena na ponta, é inserido no reto, permitindo avaliar os últimos 61 centímetros do intestino grosso;
  • Colonoscopia: utilizado para identificar alterações como, tecidos inchados, pólipos ou lesões que sugiram câncer no intestino grosso (cólon) e no reto. É feita com o paciente sedado, através de um tubo com uma câmera na ponta do aparelho (colonoscópio), guiado até o reto, é possível produzir imagens de alta qualidade, fotografias e vídeos que serão analisados no computador.

Tratamento

O tratamento deve sempre ser indicado e acompanhado por um médico especializado, entre as principais medidas adotadas estão:

  • Higienização: evitar papel higiênico áspero, que irrite o canal anal. Em casos extremos, pode ser recomendável optar por lavar a região com água e sabão e secar com toalha de algodão sempre que defecar. Quando não estiver em casa, uma boa opção é substituir o uso do papel higiênico por lenços umedecidos;
  • Banho de assento: com água morna, pelo período de 15 a 20 minutos, favorecem a circulação sanguínea na região e ajudam a amenizar os sintomas;
  • Dietas ricas em fibras: que incluam alimentos integrais, cereais, frutas e legumes, irão favorecer o fluxo intestinal e reduzir o esforço para evacuar, contribuindo desta forma com o tratamento da hemorroida;
  • Probióticos: agem em conjunto com as fibras ingeridas, povoando a flora intestinal com microrganismos que favorecem o funcionamento e fluxo intestinal;
  • Evite o consumo de alimentos apimentados: apesar de não causarem a hemorroida, tendem a irritar os tecidos já inflamados, em virtude da doença;
  • Hidratação diária adequada: com ingestão de pelo menos 2 litros de água por dia é fundamental para umedecer o bolo fecal e evitar fezes ressecas que dificultam a evacuação;
  • Movimento: é importante evitar permanecer muito tempo na mesma posição, procurando caminhar sempre que possível;
  • Evitar pesos e esforço físico;
  • Pomadas: cremes vasoconstritores, anti-inflamatórios e analgésicos que auxiliam no alivio dos sintomas, podem ser aplicados mediante recomendação médica para apoio ao tratamento;
  • Intervenções cirúrgicas: é possível envolver a base da hemorroida com um elástico, interrompendo a circulação sanguínea para que a veia danificada necrose e caia naturalmente. Além disto, também existe o tratamento com radiofrequência que queima e seca as bolsas de hemorroidas, ou os feixes de laser que podem ser utilizados para cortar estas veias dilatadas e danificadas. Ou ainda, em casos mais graves, poderá ser necessário uma intervenção cirúrgica mais específica.


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