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“The true cost - O custo real”, é um filme de Andrew Morgan, lançado em 2015 na França, que explora a ligação entre a pressão dos consumidores por alta-costura de baixo custo e a exploração de trabalhadores nas fábricas. O documentário traz importantes reflexões sobre as roupas que vestimos, as pessoas que fazem essas roupas e seu impacto no mundo, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental.

O filme aborda o fato de que o sistema da moda, guiado pelas estações do ano, foi substituído por uma nova abordagem resultante da indústria da moda, focada exclusivamente em interesses comerciais, ou seja, LUCRO, gerando consumo compulsivo e descartável de itens de moda, sem a real necessidade deles ou planejamento de seu uso e combinações. Essa também foi a conclusão da jornalista e escritora Lucy Siegle:

“Bom, eu tinha aquele clássico guarda-roupa enorme, roupas em todo lugar, sacolas entrando na minha casa todo dia, ou a cada dois dias com um novo item, eu nunca tinha nada para usar, nunca conseguia montar um visual coerente”.

Outro tema discutido no documentário são questões relacionadas a exploração do trabalho de pessoas carentes, em sua maioria mulheres de Bangladesh, que ganham salários baixos, de em média U$ 3 por dia, sendo submetidas a condições precárias de trabalho, em ambientes sem condições básicas de segurança, expostas a calor excessivo, produtos químicos, prédios interditados e até mesmo agressão física para aquelas que reivindicam melhores condições de trabalho.

Problemas relacionados a agricultura também são citados, revelando que para produzir mais algodão - obra prima para tecidos - em menos tempo, os produtores estão adotando técnicas como pulverizar agrotóxico em campos inteiros, afetando o solo e a comunidade ao redor, que segundo estudos passou a sofrer mais de doenças como defeitos congênitos, câncer e doenças mentais. Além disto, atualmente 80% do algodão produzido no Texas, maior produtor mundial, já é geneticamente modificado e, portanto, patenteado, gerando alto custo de produção e consequente endividamento dos produtores que acabam tendo suas terras tomadas e por desespero chegam a cometer suicídio.

Diante desta realidade, muitas iniciativas de “comércio equitativo” começaram a surgir, andando na contramão do mercado, pensando em quem irá produzir as peças e como é possível garantir que os produtores ganhem de maneira justa, considerando o desenvolvimento social e do meio ambiente ao produzir.

Safia Minney, fundadora da Peopel Tree – uma marca de moda de comércio justo, que preza pela roupa sustentável – afirma que esta é a solução:

“O comércio equitativo é a resposta do cidadão em um sistema de comércio internacional que é amplamente disfuncional, em que trabalhadores e fazendeiros não recebem um salário suficiente e pelo qual o meio ambiente não é considerado ao produzir o que consumimos diariamente”.

A questão é que nós também podemos influenciar esta realidade, adotando escolhas mais consciente em nossas compras, conhecendo a origem do que consumimos, consumindo de empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável e comprando apenas o necessário, aquilo que de fato iremos usar, evitando a atual produção excessiva, que só se torna possível em virtude da depreciação do trabalho.

Quero te convidar a assistir este documentário revelador na Netflix e aderir a um novo estilo de vida mais sustentável e virtuoso. Confira trailer!

Em amor,

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