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 O que é?

O Refluxo Ácido, recebe este nome, justamente por causar o retorno do ácido digestivo para dentro do esôfago, o que fere este órgão, visto que, diferentemente do estômago, ele tem pouca mucosa protetora, por isso, o ácido provoca uma erosão muito rápida nesta região.

Causas

A doença acontece, em virtude de uma mal funcionamento do esfíncter, que fica entre o esôfago e o estômago, que deveria funcionar como uma válvula, para impedir o retorno do ácido e dos alimentos, mas, por não se fechar adequadamente, permite que o ácido do estômago retorne, o que pode culminar em um caso mais grave que chamamos de RGE - Refluxo Gastroesofágico, quando devido a este mal funcionamento ou a outros fatores, o refluxo tende a não ser esporádico, mas a ocorrer de forma involuntária e repetitiva, provocando sintomas mais crônicos.
Este quadro pode ser mais comum em gestantes ou pessoas obesas, isto porque, nestes quadros, o indivíduo tente a sofrer um aumento na produção de estrogênio e progesterona, hormônios que relaxam o esfíncter esofágico inferior e aumentam o risco de azia.
A obesidade em específico, transforma certos hormônios circulantes em estrogênio, portanto, quanto mais tecido adiposo (tipo especial de tecido conjuntivo que se caracteriza por armazenar gordura em células especializadas), mais estrogênio será produzido e portanto, maior a predisposição a problemas no funcionamento do esfíncter e consequente refluxo. 
O abuso de alimentos gordurosos, ou mesmo refeições muito volumosas, em especial na hora de dormir, bem como o consumo de bebidas com álcool, cafeína ou gás e tabagismo, também são fatores que potencializam o risco de um quadro de refluxo.
Também existem estudos que apontam que o refluxo pode resultar da presença de hérnia de hiato ou fragilidade dos músculos da região.

Principais Sintomas

O principal sintomas do refluxo é a azia, ela indica que a mucosa do esôfago está sofrendo erosões, o que, se não tratado, pode culminar em um quadro de inflamação crônica da região gerando uma predisposição ao câncer de esôfago, também conhecido como câncer esofágico.
Outros sintomas que também podem ser observados, são:
  • Azia;
  • Sensação de queimação na garganta, peito e estômago;
  • Sensação de peso no estômago;
  • Sensação de bolo na garganta;
  • Arroto;
  • Indigestão;
  • Tosse seca e frequente após comer;
  • Dificuldade para engolir os alimentos ou sensação de que o alimento retornou a boca ou garganta;
  • Laringite (inflamação da laringe);
  • Infecções de repetição das vias aéreas superiores, tais como pneumonia, bronquite e crises de asmas;
  • Alterações dentárias;
  • Dor torácica intensa, por vezes, confundida com a dor da angina e do infarto do miocárdio.

Diagnóstico

Os sintomas listados acima, tendem a ser a principal fonte de diagnóstico deste quadro clínico, somados a exames de esofagomanometria, medição do pH em 24h e endoscopia digestiva para observação das paredes do esôfago, estômago e do inicio do intestino, de modo que seja identificada as possíveis causas do refluxo e avaliado o estado de comprometimento destes órgãos.

Tratamento

O tratamento compreende desde a mudança de pequenos hábitos, a ministração de fármacos ou mesmo cirurgia clínica, dependendo da intensidade e gravidade dos sintomas. Entre os principais recursos estão:
  • Elevar a cabeceira da cama em 15cm: Ao garantir que a parte superior do corpo, se mantenha em uma posição mais elevada, contribuímos para que o conteúdo do estômago não retorne ou vase para o estômago, com isto, o refluxo tende a ser controlado durante o sono;
  • Alimentar-se 3 horas antes de dormir: Deitar de estômago cheio, irá provocar um processo digestivo durante o sono, o que tende a não ser positivo para a saúde do sistema digestório. Além disto, o estômago cheio com o corpo na horizontal, pode favorecer que o conteúdo do estômago extrapole para o esôfago;
  • Comer moderadamente: O excesso de alimento no estômago, favorece que o conteúdo extrapole para o esôfago;
  • Evitar o consumo de alimentos gordurosos: Alimentos gordurosos como frituras e embutidos  promovem uma digestão lenta e dificultada com maior produção de ácido clorídrico, alterando o funcionamento do sistema digestivo. 
  • Evitar o consumo de bebidas alcóolicas: as bebidas alcóolicas promovem um relaxamento na válvula que une esôfago e estômago, o que também favorece o refluxo;
  • Evitar o consumo de refrigerantes: Os alimentos gaseificados, contém bolhas de gás que se expandem quando em contato com o órgão digestivo, aumentando a pressão e provocando refluxo;
  • Evitar o consumo de chocolates e bebidas com cafeína: além de provocar o relaxamento do esfíncter esofágico, o café também é um irritante da mucosa gastrointestinal, podendo causar gastrite e esofagite se utilizado em excesso;
  • Evitar o fumo: Além de ser extremamente maléfico para a saúde, o cigarro também favorece o quadro clínico de refluxo, isto porque, ele provoca uma redução do tônus do esfíncter que impede o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago;
  • Perda de peso: A redução do excesso de gordura corporal, favorecerá a redução da produção de hormônios que promovem relaxamento do esfíncter que impede o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago; 
  • Uso de medicamento: Para quadros mais graves e repetitivos, pode ser necessário o uso de fármacos, como antiácidos, para reduzir o ácido do estômago, evitando o retorno para o esôfago. Ou em casos de RGE persistente, em que o refluxo acontece todos os dias da semana, pode ser necessário o uso de bloqueadores de H2 ou inibidores de bomba de prótons na primeira refeição do dia, estes medicamentos promoverão o alívio dos sintomas, ao reduzir de forma mais efetiva a produção de ácido do estômago.
    Vale comentar, que estes ácidos são digestivos e importantes para uma correta absorção dos nutrientes presentes nos alimentos, portanto, estes medicamentos só devem ser utilizados em casos em que a adoção de hábitos saudáveis não tenha sido suficiente;
  • Intervenção cirúrgica: Em casos crônicos, em que a medicação não é capaz de solucionar o quadro clínico, por fatores físicos mais significativos como esfíncter esofágico enfraquecido ou hérnia de hiato por exemplo, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, para reforço do esfíncter esofágico enfraquecido, aplicação de válvula anti-refluxo de modo a evitar as lesões causadas nas células do revestimento esofágico que podem culminar em tumores malignos. 

Como em qualquer tratamento de saúde, a mudança de hábitos e a agilidade em iniciar o tratamento, serão fatores determinantes para impedir que o quadro clínico se agrave e sejam necessárias intervenções mais significativas. Então, se você identificar a presença de algum destes sintomas, aproveite que está informação chegou até você e, procure iniciar a mudança de hábitos, que pode ser potencializada com uso de recursos da naturopatia para potencializar o processo digestivo e contribuir com o seu tratamento.

Cuide-se!

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