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O que é?

Os cálculos biliares ou pedras na vesícula, nome mais popularmente adotado para a doença, são fragmentos de matéria sólida que se formam na vesícula biliar, quando as substâncias presentes na bile, formam partículas semelhantes a cristais que podem ser pequenos como grãos de areia ou grandes como uma bola de golfe.
Estima-se que de 10 a 20% dos indivíduos em países subdesenvolvidos desenvolve essa doença na vida adulta. Nos EUA ocorrem aproximadamente 500 mil cirurgias ao ano.
Os cálculos biliares são classificados em Cálculos biliares de colesterol - os cálculos aparecem na cor amarela e são compostos principalmente de colesterol não dissolvido, podendo conter também outros componentes e Cálculos biliares pigmentados - os cálculos aparecem na cor marrom ou preta e se foram quando a bile contém muita bilirrubina.

Causas

Além das questões genéticas, estudos clínicos apontam que o colesterol é responsável por em média 80% da causa de formação de pedras na vesícula biliar, isto porque, se o fígado excreta mais colesterol do que a bile pode dissolver, o excesso de colesterol pode se transformar em cristais e, eventualmente em pedras. Caso a vesícula biliar não esvazie corretamente, ou com a frequência necessária, pode haver alta concentração de bile e, como consequência a formação de cálculos. Outros fatores que podem desencadear a doença são:
  • Excesso de peso (fator primário), em especial em mulheres de 20 a 60 anos;
  • Colesterol e diabetes, causado por dietas ricas em gorduras e carboidratos e pobres em fibras;
  • Jejum prolongado (pois o fígado metaboliza mais gordura, lança mais colesterol na bile);
  • Vida sedentária;
  • Características genéticas;
  • Idade avançada (acima de 60 anos);
  • Perda de peso excessiva, com redução de peso superior a 5kg por mês;
  • Uso de medicamentos para baixa de colesterol;
  • Doenças na porção final do intestino delgado;
  • Elevação do nível de estrogênio (fator responsável pela maior incidência de cálculos biliares em mulheres).

Sintomas

Existem pacientes, que apesar da formação de cálculos, são assintomáticos, daí a importância de que seja realizado um checkup anual, incluindo exames de ultrassom abdominal, para um diagnóstico antecipado da doença.
O principal sintoma do cálculo biliar é a cólica biliar, que ocorre quando os cálculos ou pedras, ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino, podendo ocasionar cólicas e dores intensas no lado direito superior do abdome ou nas costas. Este sintoma tende aparecer pouco tempo após as refeições e tende a diminuir quando a pedra retorna para a vesícula ou é expelida para o intestino. Outros sintomas que podem surgir como consequências dos cálculos são:
  • Flatulência;
  • Distensão;
  • Náusea e vômito;
  • Febre;
  • Inchaço abdominal;
  • Fezes claras;
  • Amarelamento da pele e da parte branca dos olhos.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser realizado, por meio de testes de imagem, como exames de ultrassom abdominal e  tomografia computadorizada da bile para identificar a presença de cálculos.
A CPRE - Colangiopancreatografia por ressonância magnética também pode ser realizada para diagnosticar doenças no trato biliar e pancreático, como pancreatite crônica, colangite ou colangiocarcinomas. Em alguns casos, é possível realizar a remoção das pedras que estejam no local durante o exame ou mesmo alargar os canais biliares com a colocação de um stent.
Exames de sangue também podem ser solicitados, para avaliar a quantidade de bilirrubina e de enzimas pancreáticas presentes na corrente sanguínea. Além de exames de colesterol, diabetes, pressão arterial e regulação hormonal do paciente.
Estes exames em conjunto, podem direcionar o tratamento para que haja uma maior assertividade.

Tratamento

Para casos diagnosticados precocemente, em que os cálculos são constituídos apenas por colesterol, é possível realizar o tratamento por meio de medicamentos que diluirão o cálculo, uso de medicamentos para reposição hormonal ou mesmo, tratamento por ondas de choque para quebrar os cálculos. Para os demais casos, pode ser necessária a realização de uma intervenção cirúrgica, por meio de laparoscopia, para remoção da vesícula biliar.
Como medida preventiva, alguns hábitos podem ser adotados, são eles:
  • Evitar excesso de peso, buscando alcançar o peso ideal de forma equilibrada, sem que a perda seja superior a 5 kg por semana;
  • Controlar a ingestão de proteína animal, preferindo proteínas vegetais (especialmente nozes);
  • Adotar uma dieta pobre em gorduras, açucares, carboidratos e  rica em fibras;
  • Moderar o consumo de cafeína;
  • Evitar o consumo de álcool;
  • Evitar o tabagismo;
  • Praticar atividade física.
Em caso de diagnóstico, ou mesmo suspeita da doença, é muito importante que haja acompanhamento médico e tratamento, pois, existe o risco de deslocamento das pedras que podem causar sintomas mais graves como obstrução intestinal, pancreatite e outros agravantes.


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